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sábado, 20 de novembro de 2010

Uma pausa para política: não será um cordiro em pele de lobo?

Dia 31 de outubro de 2010, às 20:00 da noite - três horas após o término da votação - temos anunciado a nova presidenta (sim, A novA presidentA). Seu nome? Dilma Rousseff…






Assim que anunciado o eleito, eu nunca vi pipocarem tantos tweets revoltados. RTs de simpatizantes da oposição eram espalhados por todos os cantos. Coisas como: “o Brasil agora afunda Dilma vez” ou “Parabéns pelo seu dia, presidenta” (alusão ao dia das bruxas). Ou seja, pessoas que apostavam numa “virada 45″ xingavam como tinham direito. Acho que praticamente todos os meus amigos eleitores votaram Serra… acho, não, tenho certeza. No orkut, textos (sim, textos enormes) que prevê um futuro para o Brasil, sem democracia, sem liberdade de expressão, um retorno total da ditadura; Pessoas que comemoravam, anunciavam luto. Até mesmo aqueles que inspiravam uma conspiração próximo a “acabar com a escória da humanidade”.
Certo pessoal, falando sério, vitória mais que esperada. Vamos ter um rápido flash back: à oito anos atrás, o presitente Luís Inacio “Lula” da Silva, era eleito com um considerável números de votos. Ele, então, teve a esperta tática de investir pesado no nordeste, garantindo maioria de votos no proprio nordeste e norte, garantindo sua reeleição(para ter uma idéia, o maior colégio eleitoral é Minas, seguido de São Paulo, que teve maioria de votos para José Serra, que mesmo assim perdeu). Porém o senhor Lula não pode se reeleger pela terceira vez. Eis que entra em cena nossa já conhecida Dilma, um passado condizente com o de Lula (se não me engano, Dilma lutou contra a ditadura ao lado do Presidente Lula. Luta qual sou muito grato por ter sido travada), e que servirá de ponte entre essa e a próxima eleição onde, acredito eu, ele com certeza irá se candidatar (isso se a Dilma deixar).
Aliás, voltemos um pouco mais. Em 1962 é realizado o golpe de estado e instalada a ditadura no governo brasileiro. Quatro anos depois, em 1966, entra em cena os movimentos estudantis contra a ditadura. Dilma Rousseff, educada em colégios católicos até o ensino médio, se muda para uma escola pública, onde os movimentos militantes se encontram extremamente presentes. Dilma, então, resolve embarcar na vida de militante. Eis que dois anos antes das revoltas, em 1964, ela se afilia ao POLOP (Política Operária) ainda em Minas Gerais. Porém, durante o decorrer de seus protestos políticos, os participantes do POLOP se acharam em uma grande divisão de conceitos de como introduzir o socialismo no governo brasileiro: enquanto uns defendiam a solução com assembléias contituíntes, o restante era a favor de combates armados. Dilma resolveu afiliar-se ao segundo grupo, desmenbrando o POLOP e dando origem ao COLINA (comando de libertação nacional).
No COLINA, fora escolhida, como alguns arquivos mostram, como a “cabeça” do grupo armado, tendo com pretesto sua grande presença politica e sua desenvoltura ao se deparar com homens de maior cargo que ela, não se sentindo intimidada. Com poucas armas e, principalmente, dinheiro, o COLINA realizou quatro assaltos, tirando atentado a bombas e carros roubados.
Num destes assaltos, porém, alguns dos militantes foram presos. Dilma e os outros discutiram uma noite inteira como libertá-los, mas no amanhecer do dia seguinte a policia, que após torturar um dos militantes presos, forçando-os a contar onde era a cede, invadiram a casa onde a COLINA era cediada. Resultado: ela e seus companheiros pegaram uma metralhadora e mataram dois policiais, além de ferirem outro.
Correndo contra o tempo, Dilma destruiu os documentos restantes, e passou a não ter mais residencia fixa, tendo de dormir em um lugar diferente a cada noite, junto de seu companheiro que conheceu no COLINA. E assim ficaram durante algumas semanas em Belo Horizonte, indo para o Rio De Janeiro depois. Lá ela encontrou um grande número de mineiros participantes da COLINA, porém não tinham infraestrutura para abrigar esse grande número de militantes, Dilma passou um tempo na casa de uma tia.
Depois de reorganizada, a COLINA se aliou ao VPR (vanguarda popular revolucionaria) que depois de duas reuniões, se tornou a VAR Palmares. Após alguns roubos importantes (como do do cofre de Ademar Barros, ex governador de São Paulo, o qual foram afanado 2,5 milhões e que Dilma teria administrado o dinheiro pagando os militantes, arranjando um abrigo e comprando um fusca; Dilma alega ser inocente e diz se lembrar de ter comprado somente o fusca). O grupo, porém, começou a se dividir entre os da luta armada e os basistas, o qual ela se aliou. Houve então a separação entre os dois grupos: o armado voltou a se chamar VPR e o outro manteve o nome VAR Palmares basista. Teve uma briga pelo dinheiro do grande assalto e pelas as armas.
Depois de separados, o grupo de Dilma se mudou para um cortiço na zona-leste daqui de São Paulo e lá escondeu as armas.
 Algum tempo depois, Dilma costumava se encontrar em um bar com José Olavo Leite tres vezes por semana. Mas, no dia 16/01/1970, Dilma estava no lugar errado na hora errada. Olavo tinha acabado de ser capturado quando Dilma, inesperadamente apareceu, sem ser esperada por ninguém. Até tentou sair sem ser percebida, mas o policial, estranhando, foi atrás e, encontrando-a armada, prenderam-na e a levaram para a Oban. Lá, ela alega ter sido torturada com choques eletricos, pau-de-arara, socos e instrumentos demais variados.
Dilma recebera a pena de 6 anos, inicialmente. porém sua pena fora reduzida para dois anos e um mês. Depois de se mudar para porto alegre e tentar meter milhões de processos no estado pelas torturas (algumas ganhas). Dilma reatou com Araújo: Dilma o conhecera na época do COLINA e prometeram se casar assim que a poeira abaixasse. Araújo, que também estava preso, teve sua pena reduzida em uma semana pela a fatalidade da morte de seu pai. depois de juntos novamente, arranjaram um jeito de refazer a vida politica de Dilma, que fora ainda secretária municipal da fazenda, Secretária estadual de energia, minas e comunicações antes de se tornar presidente.
O que fez a Dilma ser eleita, após todos este passado muito bem guardado? Será que o fato de ela ter tentado esconder o passado significa que ela quer enterrar algo que a prejudicaria? (Só gostaria de dizer-vos que não sou petista nem tucano. Sou Marinista [e isso diabos existe?]) A resposta esteja talvez na jogada de marketing lançada pelo PT. Antes, porém, de explicar-lhes o motivo, voces tem de saber que, antes da Marina entrar para o PV, ela era afiliada do PT. No PT ela era forte candidata a susseção do presidente Lula, o qual preferiu lançar Dilma ao invés da Marina. Ela, então, se desfiliou do PT e entrou para o PV, que com fortes influenças europeias, resolveram lançar a marina como candidata à presidencia. 
Ou seja, Marina era para ser presidenta no lugar de Dilma. Agora, para concluir, será que foi o bom para o Brasil? Será que não foi um voto às cegas, um voto de cabresto? Dilma vivia falando de suas conquistas ao lado de Lula. À dois anos atrás ninguém nem sabia quem diabos seria Dilma, agora presidente da república federativa do Brasil. Será que os nordestinos não votaram pensando apenas no bolsa família? Não também não é raro encontrar paulistas que falam mal do governo Lula, dizendo que por eles não fizeram nada. Ao meu ver, a eleição da Dilma nada mais foi do que algo planejado aproveitando-se da popularidade do Lula, que, falando nisso, fez campanha para Marta (a do relaxa e goza) e para o netinho (que se eleito, faria dia de princesa para o Brasil todo). Resultado: Marta eleita e Netinho, por pouco. Agora, para finalizar: se eu quiser me eleger para presidente e o presidente Lula me apoiar, estou eleito, você está eleito… todos eleitos… à sombra do presidente mais popular do mundo.

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